A importância do brincar na Infância

A importância do brincar na Infância

O brincar e o desenhar são duas das atividades mais importantes para o desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças. A forma como ela brinca ou desenha, reflecte a sua maneira de pensar e de sentir.

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança. É na brincadeira que as crianças podem desenvolver algumas das suas capacidades mais importantes, como é o caso da atenção, a memória e a imaginação.

O facto de a criança, desde muito cedo poder comunicar por gestos e sons, faz com que desenvolva a sua imaginação. A imaginação desenvolvida e posta em prática, faz com que as outras capacidades básicas sejam desenvolvidas. Amadurece também a capacidade de socialização, através da interação com o outro, da utilização e da experimentação de regras e dos papéis sociais.

O brincar, é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não deve ser visto apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico das actividades escolares, facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para um saudável e harmonioso crescimento.

Todos brincamos ou brincámos, mas este brincar não é igual em todas as idades. Assim, uma criança com 2 ou 3 anos, gosta de brincar sozinha, e tem necessidade de manipular vários materiais e uma curiosidade incessante, curiosidade em relação aos outros, mas também em relação a si e ao seu corpo.

Dos 4 aos 6 anos, as crianças adoram mostrar o que já sabem fazer e procuram os elogios para os seus feitos. No entanto, a sua capacidade de concentração e de entrega a uma tarefa é diminuta, pelo que trocam frequentemente de atividade, procurando sempre uma mais satisfatória.

Dos 7 aos 9 anos aproximadamente, procuram mais atividades lúdicas e físicas que envolvam esforço físico.
Dos 10 aos 12 anos, interessam-se muito por actividades ao ar livre, de grupo, e é aqui que, por exemplo, as actividades desportivas e os jogos de equipa são sentidos como mais agradáveis e prazerosos.

Após os 13 anos, as atividades lúdicas das crianças, diferenciam-se nos rapazes e nas raparigas. Por um lado, eles preferem atividades de maior intensidade, com tarefas que exijam força, resistência, velocidade e coragem. Enquanto que, as meninas preferem actividades mais calmas e que requeiram maior habilidade.

No entanto, esta brincadeira não deve ser livre, ou seja, a criança deve ser “conduzida” e acompanhada, por forma a que esta aprendizagem seja a mais correta. É então papel fundamental, o dos pais, mas também dos educadores, no sentido de orientarem e de facultarem à criança os materiais necessários a esta atividade. Estes materiais não são necessariamente, brinquedos ou jogos, podem também ser dados à criança, outros objectos que permitam imaginar e projectar neles funções que não as originais.

Não devemos pois esquecer que a criança brinca com aquilo que lhe fornecemos, e que a forma como brinca vai fazer com que a sua personalidade seja formada, pois é através das brincadeiras que ocorre a descoberta de si mesmo e do outro.

Catarina Anastácio
Psicóloga Clínica
O Mundo das Tropelias

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