Dislexia

Dislexia

DISLEXIA vem do grego dus = difícil, mau + lexis = palavra

A dislexia cria, no momento actual, uma das principais preocupações educativas de pais, professores e outros técnicos da saúde e educação.

As crianças disléxicas visam a apresentar um baixo rendimento académico e alterações emocionais resultantes das suas dificuldades persistentes e recorrentes na aprendizagem e automatização da leitura e escrita. Nestas crianças o que está comprometido são os mecanismos essenciais à aprendizagem da leitura. Estes mecanismos são múltiplos e por isso também podemos encontrar vários tipos de dislexia, associadas ou não a uma dificuldade na aprendizagem da escrita das palavras (disgrafia).

Podemos encontrar a dislexia adquirida – provocada por um traumatismo ou lesão; ou a dislexia de desenvolvimento – devido a um problema específico de maturação, que pode ser corrigido ou atenuado após uma programação adequada e atempadamente.

Mas como nem todos os casos de dificuldades “na aprendizagem e utilização da linguagem” são casos de dislexia, convém ter presente outro problemas como a incapacidade geral de aprender; a imaturidade na iniciação da aprendizagem da leitura; alterações no estado sensorial e físico; problemas emocionais; ou simplesmente métodos de aprendizagem ineficazes.

A dislexia não é uma doença. É uma dificuldade específica de aprendizagem da leitura.
Existem sinais comuns, à vista de todos, que podem ajudar a identificar casos de dislexia.

São estes “sinais” que os professores e pais têm que ter presentes principalmente na fase inicial da escolaridade. Os alunos têm uma particular dificuldade em aprender a ler e escrever; têm uma persistente tendência para escrever os números em espelho ou em direção e orientação inadequada; apresentam dificuldades em distinguir a esquerda da direita; dificuldade em aprender o alfabeto e as tabuadas de multiplicar e reconhecer sequências, como por exemplo: os dias da semana, os dedos da mão, os meses do ano; falta de atenção e de concentração e uma enorme frustração que tem por consequência problemas de comportamento.

Esta Dificuldade Específica de Aprendizagem não só pode como tem/deve de ser resolvida e o mais precocemente possível (durante os primeiros anos do 1º ciclo), o que não significa que essa intervenção não possa ser feito mais tarde se não o foi nos primeiros anos de aprendizagem da leitura.

Para ser possível estabelecer o diagnóstico diferencial, ou seja, saber se de facto se trata de uma dislexia, a criança tem de ser avaliada por um psicólogo. Em caso de resposta positiva, este especialista indicará aos pais e professores a melhor forma de apoiarem a criança em casa e na escola, visto que a nossa legislação considera, que as crianças são portadoras de uma Necessidade Educativa Especial (NEE), logo têm mais tempo para realizar as tarefas e têm apoio de técnicos específicos.

Cláudia Santos
Professora Mundo das Tropelias

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